A situação delicada ganhou ainda mais destaque quando Netanyahu pediu perdão publicamente às famílias dos seis reféns cujos corpos foram encontrados no último sábado, 31. No entanto, o premiê reiterou sua posição de manter tropas israelenses na Faixa de Gaza, mesmo após os apelos por uma trégua.
Entre as exigências de Netanyahu está a manutenção de uma presença militar israelense no corredor conhecido como “Philadelphi”, um território de 14 quilômetros que serviria como zona-tampão entre Egito e Gaza. O premiê argumenta que apenas com controle israelense é possível evitar o contrabando de armas para o Hamas.
Durante suas declarações, Netanyahu prometeu uma “forte reação” em relação ao ocorrido com os reféns e afirmou que o Hamas pagará um preço alto por seus atos. O premiê defendeu sua postura na guerra e a presença militar em Gaza como essenciais para a segurança de Israel, questionando qual mensagem seria enviada ao Hamas caso o país cedesse às exigências.
Enquanto a crise se desenrola, escolas, prefeituras, redes de transporte e hospitais aderiram a uma greve em protesto contra o governo, o que foi duramente criticado por Netanyahu, que chamou o movimento de “vergonhoso”. A Justiça interveio ordenando o retorno ao trabalho no meio da tarde.
O Exército israelense informou que os seis corpos encontrados em Gaza eram de reféns que haviam sido “assassinados” pelo Hamas dias antes. Em meio a isso, o grupo terrorista emitiu uma ordem para que suas unidades executem os reféns caso soldados israelenses se aproximem do local de cativeiro.
A tensão entre Israel e o Hamas persiste, com desdobramentos que impactam não apenas a região, mas também as relações diplomáticas internacionais. A questão dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza continua sendo um ponto crucial de debate e negociação entre as partes envolvidas.