Essa foi a primeira vez que Jerusa subiu ao topo do pódio em um megaevento paralímpico, tendo conquistado anteriormente duas pratas e dois bronzes em diferentes edições dos Jogos Paralímpicos. Lorena Spoladore, por sua vez, conquistou sua terceira medalha paralímpica, somando uma prata no revezamento 4x100m e um bronze no salto em distância, ambos conquistados nos Jogos do Rio 2016.
Na semifinal da prova dos 100m, Jerusa bateu o recorde mundial com o tempo de 11s80, superando sua própria marca anterior de 11s83. Apenas quatro velocistas cegas na história conseguiram correr os 100m em menos de 12s, e Jerusa se junta a esse seleto grupo de atletas. Seu desempenho exemplar nos últimos anos a consolidou como uma das principais velocistas da classe T11.
A história de superação de Jerusa é inspiradora, pois ela nasceu totalmente cega e, apesar de ter passado por cirurgias que lhe trouxeram uma visão parcial, aos 18 anos perdeu novamente a visão. Já Lorena Spoladore, que nasceu com um glaucoma congênito, perdeu gradativamente sua visão e ficou totalmente cega aos 6 anos de idade.
Essas duas atletas brasileiras são exemplos de determinação e superação, mostrando ao mundo que as limitações físicas não são barreiras intransponíveis. A conquista de Jerusa Geber nos 100m da classe T11 é um marco para o esporte paralímpico brasileiro e um motivo de orgulho para todos os brasileiros.