No quarto andar do prédio, em um salão de aproximadamente 300 metros quadrados, encontra-se o museu. Em uma das paredes, uma coleção de bustos de doutores ilustres que fizeram parte da história da Faculdade de Medicina, como o sanitarista Oswaldo Cruz e o médico grego Hipócrates, chama a atenção dos visitantes.
A grande atração do museu é a exposição “A Pele Enferma”, que conta com 40 esculturas de cera de partes de corpos humanos afetados por doenças dermatológicas. Criadas entre os anos 1930 e 1950 por Augusto Esteves, renomado ceroplasta, as esculturas impressionam pela qualidade e realismo.
Além das esculturas, o museu abriga equipamentos médicos utilizados no passado, uma cápsula do tempo que será aberta em 2062, uma bula papal do século 14 e o anel de médico do doutor Arnaldo Vieira de Carvalho, fundador da faculdade. A exposição propõe uma conexão inteligente entre arte e ciência, utilizando as esculturas de Esteves como ferramentas didáticas para o aprendizado da medicina em uma época em que o acesso a recursos como a penicilina era limitado.
As esculturas de cera não apenas impressionam pela qualidade artística, mas também revelam as preocupações médicas do passado em relação às doenças que assolavam a população na primeira metade do século 20. São testemunhos assustadores da evolução da ciência e da medicina ao longo dos anos.
Em conclusão, a visita ao museu histórico da Faculdade de Medicina da USP foi enriquecedora, proporcionando uma imersão na história da medicina e no desenvolvimento da ciência ao longo dos anos. Uma experiência que une arte, história e conhecimento em um ambiente carregado de curiosidades e informações surpreendentes.