Os réus Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda, e Luciano Bonilha Leão, auxiliar de palco, foram acusados de homicídio simples com dolo eventual.
As defesas dos condenados afirmaram que foram surpreendidas pela reviravolta do caso. Os advogados declararam que aguardavam uma reunião previamente agendada com o ministro Toffoli na próxima semana e que a sentença foi proferida de forma sigilosa e silenciosa.
Spohr já se apresentou à polícia e passará por audiência de custódia para determinar a unidade prisional para cumprir sua pena. A defesa de Hoffmann lamentou a sentença, mas ressaltou que será cumprida integralmente e discutida nas esferas competentes. Já a defesa de Luciano Bonilha informou que irá recorrer da decisão, alegando que os acusados possuem ordem de habeas corpus para permanecer em liberdade. Bonilha aguarda encaminhamento para um presídio.
A advogada responsável pela defesa de Santos expressou surpresa com a decisão de Toffoli e lamentou o julgamento antidemocrático, afirmando que a decisão será cumprida integralmente e discutida nas esferas competentes.
Durante o julgamento, as defesas dos réus solicitaram a absolvição ou que o caso fosse reclassificado como culposo, ou seja, sem intenção de matar. Os réus foram condenados a penas de 18 a 22 anos em um julgamento que foi considerado o mais longo da história do Judiciário gaúcho. Em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho anulou o júri que havia decidido pelas condenações.
Nesta segunda-feira, o ministro Toffoli aceitou os recursos apresentados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público Federal e determinou a prisão dos condenados. Agora, os réus iniciarão o cumprimento de suas penas, encerrando um capítulo marcante e trágico na história do país.