Natural de Cedro de São João, Maria do Carmo Alves se formou em direito em Aracaju e trabalhou com administração de empresas. Sua carreira política esteve diretamente ligada à do seu marido, João Alves Filho, que foi duas vezes prefeito de Aracaju e três vezes governador de Sergipe. O apoio do casal nas eleições foi evidente, com uma chapa formada para o governo e o Senado em 1998, onde apenas Maria do Carmo foi eleita. Durante seus mandatos, Maria do Carmo Alves se destacou por suas ações em favor da população sergipana, mesmo sendo filiada a uma bancada que integrava a base do governo de Fernando Henrique Cardoso.
A senadora dedicou a maior parte de seus mandatos à causa social, com ênfase em temas como saúde, assistência social, atendimento médico e policial às mulheres, e desenvolvimento econômico do Nordeste. Como relatora, Maria do Carmo contribuiu para a aprovação de leis importantes, como a restrição da venda de esteroides anabolizantes, a revogação da proibição de mulheres fazerem hora-extra no trabalho, e a garantia do direito dos avós de visitarem os netos.
Em seus últimos anos como senadora, Maria do Carmo foi membro decano do Senado e participou ativamente da fundação da bancada feminina. Ela não concorreu à reeleição em 2022, optando por se aposentar da vida pública. Em seu último discurso, destacou sua atuação social e dedicação à inclusão das mulheres na pauta pública.
A senadora estava internada devido a um câncer de pâncreas e acabou falecendo no hospital São Lucas, em Aracaju. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decretou luto na Casa por três dias, em reconhecimento à trajetória e importância de Maria do Carmo Alves para a política brasileira. A morte de Maria do Carmo Alves deixa um legado de luta pela igualdade, pelo desenvolvimento e pela inclusão das mulheres na sociedade.