Além da condenação à prisão, o magistrado determinou a suspensão do direito de Ferreira exercer a medicina e a cassação de sua especialidade em ginecologia. O médico também foi obrigado a pagar uma indenização de R$ 15 mil para cada uma das 33 vítimas que denunciaram os abusos.
O advogado de defesa, Francisco Resende, informou à imprensa que irá recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça. Ferreira foi preso no ano passado após denúncias de três mulheres, porém, o caso ganhou repercussão e mais vítimas procuraram a Polícia Civil, totalizando 42 vítimas identificadas, das quais 33 decidiram representar contra o médico.
O Ministério Público, responsável pela denúncia, apontou que os crimes ocorreram entre os anos de 2011 e 2023. O delegado Dimitri Tostes, que conduziu as investigações, afirmou que Ferreira abusava de suas pacientes durante os exames ginecológicos, sem consentimento, sob a justificativa de estimular a zona sexual delas.
O médico, que já foi candidato a deputado federal pelo partido Novo, mantinha em seu site um discurso sobre a humanização da ginecologia e obstetrícia, mas agora enfrenta as consequências de seus atos. O Conselho Regional de Medicina do Paraná abriu uma sindicância e um Processo Ético-Profissional para apurar o caso, podendo resultar desde uma advertência até a cassação definitiva do exercício profissional de Ferreira.