Segundo relatos da mãe de uma das vítimas ao telejornal local RJTV1, Susane teria insultado uma das jovens com termos pejorativos, como “preta nojenta”, “pobre” e “pretinha”. Bruna foi liberada no mesmo dia, enquanto sua mãe permaneceu detida e foi transferida para o presídio feminino de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, onde passou por audiência de custódia no sábado (31).
A juíza Ariadne Villela Lopes negou o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, levando em consideração a idade avançada de Susane e a ausência de antecedentes criminais. No entanto, impôs algumas medidas cautelares, como a proibição de acesso e frequência ao McDonald’s do Leblon pelos próximos dois anos e a obrigatoriedade de comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades no mesmo período.
A decisão judicial de soltar Susane causou polêmica e gerou debates sobre racismo e discriminação racial no país. A liberação da acusada de injúria racial revelou a complexidade e sensibilidade das questões raciais na sociedade brasileira, despertando a necessidade de um debate mais amplo e profundo sobre o tema.