Segundo especialistas, essa situação crítica no Solimões pode ter impacto em outros rios da região, pois ele é a fonte da Bacia do Amazonas. Rios como o Acre e o Madeira também registram medições particularmente baixas, sinalizando um cenário preocupante.
O gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus, Andre Martinelli, afirmou que o Solimões atingiu essas cotas mínimas de forma antecipada, ainda que historicamente esses valores negativos só fossem observados em outubro. Com as previsões de chuvas abaixo da média para as próximas semanas, o cenário pode se agravar ainda mais.
Além disso, o aquecimento global está contribuindo para tornar os extremos climáticos mais graves e frequentes, afetando a floresta e intensificando as estiagens na região amazônica. No primeiro semestre, a Amazônia registrou um recorde de focos de incêndio, o que demonstra a fragilidade do ecossistema diante das mudanças climáticas.
O relatório do SGB também apontou a situação preocupante dos rios Amazonas e Negro, que estão apresentando níveis de água abaixo do normal para o período. Com as previsões indicando que outros rios da região também podem atingir níveis históricos de seca, a situação hidrológica na Amazônia é motivo de alerta.
Diante desse cenário, é fundamental que medidas de preservação ambiental e de enfrentamento às mudanças climáticas sejam tomadas com urgência para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos e da biodiversidade na região amazônica.