Entretanto, sua biografia é marcada por polêmicas, como seu envolvimento suspeito em golpes bancários virtuais quando jovem. Apesar disso, seus seguidores parecem desconsiderar esses episódios, enxergando Marçal como um exemplo de inteligência e esperteza, ignorando possíveis deslizes éticos em sua trajetória.
Durante os debates eleitorais, Marçal se destaca por romper com as normas tradicionais de comunicação, utilizando uma linguagem informal e confrontadora que o aproxima do eleitorado e traz elementos emocionais para as discussões. Suas acusações a Guilherme Boulos, seu principal adversário, mostram uma estratégia agressiva que pode ser arriscada em termos de imagem e credibilidade.
Ao lidar com a imprensa, Marçal demonstra confiança e habilidade em desviar de perguntas incômodas, usando seu carisma e atitude desafiadora para driblar os jornalistas e conduzir a narrativa a seu favor. Sua postura diante das acusações e críticas revela um candidato autoconfiante, capaz de se posicionar de forma firme e convicta, ainda que suas respostas sejam evasivas.
Apesar de seu discurso antissistema e de suas críticas aos oponentes, Marçal parece estar mais interessado em sua própria ascensão política do que em uma verdadeira transformação social. Sua aproximação com figuras controversas da política brasileira, como Sarney, Collor e Bolsonaro, coloca em xeque sua posição como um candidato verdadeiramente fora do establishment.
Em meio a todo o circo midiático que envolve sua campanha, Pablo Marçal representa um fenômeno peculiar na política atual, misturando polêmica, populismo e estratégias de comunicação ousadas. Resta saber se a população conseguirá enxergar além da retórica envolvente e questionar a legitimidade de um candidato com um histórico duvidoso e interesses pessoais claros. A escolha nas urnas será um reflexo do discernimento e da consciência do eleitorado em relação às artimanhas da política contemporânea.