Empresa Pare Azul assume operação da Zona Azul em São Caetano após superar suspensões e polêmicas no processo licitatório.

Nesta segunda-feira, a empresa Pare Azul, que faz parte do Consórcio Tijucussu, assume a operação do sistema rotativo de estacionamento em vagas demarcadas nas ruas de São Caetano, conhecida como Zona Azul. A transição para a nova concessionária ocorre após o governo do prefeito José Auricchio Júnior, do PSD, resolver as suspensões impostas ao processo licitatório.

Inicialmente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia apontado possíveis irregularidades no edital de concorrência lançado no início de fevereiro de 2023. Após a Prefeitura prestar esclarecimentos, o processo foi retomado. No entanto, o certame foi novamente interrompido em abril deste ano por uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, que considerou que a administração municipal descumpriu o próprio edital.

Apesar dos obstáculos, uma decisão da 2ª Vara Cível de São Caetano permitiu a continuidade da licitação, derrubando a liminar que a impedia. Logo em seguida, a Prefeitura convocou o Consórcio Tijucussu, segundo colocado no certame, para a prova de conceito, que avalia a capacidade da empresa de cumprir os requisitos do edital. A empresa que havia sido primeiramente classificada, a Easy Parking, foi desqualificada por não atender às exigências.

O Consórcio Tijucussu é formado por três empresas e possui sócios que mantêm vínculos próximos ao governo municipal. Uma das empresas do consórcio, a FVB Construção e Sinalização de Trânsito, tem um contrato de R$ 35,6 milhões com a Prefeitura para fornecer equipamentos e materiais de trânsito.

Todo o processo de escolha da nova concessionária para a Zona Azul de São Caetano tem sido marcado por idas e vindas, inclusive com suspensões por parte do TCE. Agora, com a Pare Azul assumindo a operação, é importante aguardar os próximos passos e como a empresa irá contribuir para a organização do sistema de estacionamento rotativo na cidade. Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura não havia retornado aos questionamentos sobre valores do contrato e detalhes da concessão.

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