Com a popularização das chamadas bets, o total de brasileiros envolvidos em apostas atingiu a marca de 52 milhões em um período de cinco anos, com quase metade desse contingente sendo formado por novos jogadores que iniciaram suas apostas nos primeiros meses de 2024. O perfil dos apostadores revela uma divisão equiparada entre homens e mulheres, com a faixa etária mais representativa situada entre 18 e 29 anos.
No entanto, não se pode ignorar as consequências negativas desse fenômeno. O levantamento indicou que 86% dos jogadores possuem dívidas e 64% estão negativados na Serasa. A prática das apostas online tem como principal motivação, para a maioria dos entrevistados, a possibilidade de ganhar dinheiro, colocando em segundo plano os aspectos de diversão e entretenimento.
Nesse contexto, o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, alerta para os impactos negativos das apostas esportivas na saúde mental dos apostadores. A pesquisa revelou que grande parte dos entrevistados conhece pessoas viciadas nesse tipo de atividade, associando-a a sentimentos como ansiedade, estresse e culpa.
Apesar de despertar emoções positivas como emoção, felicidade e alívio, as apostas esportivas online têm sido apontadas como fonte de prejuízos financeiros, descontrole emocional e impactos nas relações pessoais. Diante desse cenário preocupante, o fenômeno das apostas eletrônicas emerge como uma “pandemia” que demanda atenção e medidas regulatórias mais rígidas.