O tufão Gaemi, que atingiu o Leste Asiático a partir de 22 de julho, foi agravado pelo aquecimento dos mares devido às emissões de carbono, fornecendo “combustível” extra para tempestades tropicais na região. Isso torna as tempestades mais perigosas e destrutivas, conforme destacado pelos pesquisadores.
Além disso, outro tufão extremamente forte, chamado Shanshan, atingiu o Japão recentemente, causando quatro mortes e danificando a infraestrutura local. A passagem do Gaemi provocou fortes chuvas, com mais de 300 mm caindo em Manila, capital das Filipinas, em apenas um dia.
Os ventos do tufão atingiram velocidades de até 232 km/h, causando ondas violentas que afundaram embarcações na costa das Filipinas e Taiwan. Deslizamentos de terra fatais também foram registrados na China, na província de Hunan, devido à intensa precipitação causada pelo Gaemi.
O relatório divulgado pelo grupo World Weather Attribution apontou que o tufão teve ventos mais intensos e chuvas mais volumosas devido ao aquecimento dos mares. A rede de pesquisadores WWA analisa a relação entre mudanças climáticas e eventos climáticos extremos, destacando a influência do aumento das temperaturas globais.
Especialistas alertam que, com o planeta já quase 1,3°C mais quente do que a era pré-industrial, eventos climáticos extremos como tufões se tornarão mais comuns e intensos. O Leste Asiático, que já está habituado a condições meteorológicas extremas, enfrenta desafios crescentes em termos de infraestrutura de prevenção de enchentes e resposta a emergências.
Diante desse cenário, é crucial que sejam tomadas medidas urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger as populações vulneráveis das consequências devastadoras de fenômenos climáticos extremos.