No mês de julho, as operações com o cartão parcelado aumentaram 0,5% em relação a junho, enquanto as operações com o cartão rotativo diminuíram em 5,6%. Essa redução no uso do rotativo foi considerada pelo técnico como bastante significativa. Além disso, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 8,7% no cartão de crédito como um todo e de 12,6% no cartão à vista.
Rocha destacou que o saldo do cartão à vista cresceu em R$ 47,5 bilhões, enquanto o conjunto das operações de cartão de crédito teve um aumento de R$ 44,7 bilhões. Segundo ele, houve uma migração de saldos do cartão rotativo para o cartão parcelado, indicando uma mudança no comportamento dos consumidores no país.
No período de 12 meses, houve uma diminuição de 22,5% no uso do cartão rotativo, o equivalente a uma queda de R$ 17 bilhões. Já as operações com o cartão parcelado aumentaram em 13%, totalizando um acréscimo de R$ 14 bilhões. Para Rocha, esse cenário é bastante positivo, pois demonstra uma redução no uso do cartão rotativo, que é considerado uma modalidade de crédito emergencial e desaconselhável para os consumidores.
O chefe do Departamento de Estatísticas finalizou sua análise ressaltando que essa mudança de comportamento dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito é um reflexo das políticas de educação financeira e conscientização sobre o endividamento responsável. A tendência de troca do rotativo pelo parcelado sinaliza uma maior cautela por parte dos brasileiros na gestão de suas finanças pessoais.