Recentemente, o Ministério da Saúde confirmou dois óbitos pela mesma doença na Bahia, sendo que até então não havia relato de mortes por Oropouche na literatura científica mundial. As vítimas eram mulheres com menos de 30 anos e não apresentavam outras condições de saúde que pudessem agravar a infecção. Os sintomas relatados eram semelhantes aos da dengue grave, o que também tem gerado preocupação entre os profissionais de saúde.
Durante uma reunião da Comissão Intergestores Tripartite em Brasília, o secretário adjunto destacou a expansão da circulação do vírus Oropouche para além da região amazônica, onde tradicionalmente a doença era restrita desde a década de 1960. A detecção precoce e o diagnóstico laboratorial têm sido fundamentais para identificar e controlar a propagação do vírus.
A febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. A recomendação é manter os ambientes limpos e livres de acúmulo de folhas e lixo orgânico, para evitar a proliferação do vetor. Atualmente, o Amazonas lidera o ranking de casos da doença no Brasil, seguido por Rondônia, Bahia, Espírito Santo e Roraima.
Os estados com menos registros da febre do Oropouche são Paraíba e Mato Grosso do Sul, com apenas um caso cada. Já Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Goiás e Distrito Federal ainda não contabilizaram casos da doença. A preocupação com a propagação do vírus tem levado as autoridades de saúde a intensificar ações de controle e prevenção em todo o país.