Diante desse cenário, medidas de combate e prevenção têm sido discutidas e implementadas tanto por agentes privados quanto pelo poder público. Sindicatos agrícolas e gestões municipais reconhecem a gravidade da situação, especialmente devido à falta de chuvas, vegetação seca e propagação facilitada das chamas. Os incêndios têm causado prejuízos materiais, danos à saúde da população e até mesmo perdas de vidas humanas e animais.
A necessidade de inserir o aquecimento global e as mudanças climáticas na pauta de discussões é cada vez mais evidente. A ideia é tratar o problema de forma recorrente, semelhante ao enfrentamento das enchentes no verão, com ações que visam minimizar os impactos desses eventos. Em reunião na Prefeitura de Olímpia, questões como abastecimento de caminhões-pipa, sinal de telefone na zona rural e cadastramento de veículos para o combate às queimadas foram debatidas.
Além disso, a criação de um “cinturão seco” na cidade, para separar a zona urbana de áreas propensas a incêndios, está sendo considerada. Conversas com usinas e produtores rurais para estabelecer um calendário de colheita que minimize os riscos de incêndios também estão em andamento. O objetivo é proteger a população e evitar danos às propriedades e ao meio ambiente.
A preocupação com a recorrência desses eventos se justifica pelo histórico recente no interior paulista, onde mais de 2.200 incêndios foram registrados em um ano, interditando rodovias e isolando cidades. Ribeirão Preto, por exemplo, criou um plano de combate a incêndios em 2022, que foi colocado à prova em 2024. A articulação entre diferentes órgãos e ações preventivas têm sido cruciais para minimizar os danos e garantir a segurança da população diante desses desastres naturais.