Gabrielzinho exibe membros superiores e inferiores com desenhos considerados incomuns, mas a verdade é que as Paralimpíadas são um verdadeiro desfile de diversidade e superação. Mulheres jogando vôlei sentado, atletas utilizando vendas nos olhos, cadeiras de rodas conduzidas com os pés e próteses substituindo membros perdidos são apenas algumas das manifestações de resiliência e talento que vemos nas arenas paralímpicas.
Infelizmente, ainda existe uma mentalidade capacitista que se manifesta através de olhares tortos, piadas de mau gosto e incapacidade de enxergar a beleza da diversidade. É preciso entender que cada atleta paralímpico possui um talento único, uma força de vontade inigualável e uma capacidade extraordinária de superar desafios.
Os Jogos Paralímpicos não são apenas uma competição esportiva, são uma celebração da vida, da inclusão e da diversidade. Em modalidades como o goalball, onde os atletas dependem do silêncio para acertar uma jogada, aprendemos a respeitar e admirar habilidades que muitas vezes passam despercebidas.
É hora de reconhecer e valorizar a multiplicidade presente em nossas vidas, de abrir os olhos para a riqueza que a diferença pode nos proporcionar. As Paralimpíadas nos mostram que a verdadeira inclusão não se resume a tolerar o diferente, mas sim a celebrar e exaltar a diversidade em toda a sua glória.
Portanto, diante de atletas como Gabrielzinho e tantos outros que desafiam nossas noções preestabelecidas do que é considerado normal, é essencial que saibamos apreciar e valorizar cada vitória, cada conquista e cada sorriso que esses guerreiros nos oferecem. As Paralimpíadas são mais do que uma competição esportiva, são um lembrete poderoso de que a verdadeira grandeza está na diversidade.