A investigação identificou um golpe conhecido como “garra fraca”, no qual as máquinas eram adulteradas com um contador de jogadas que interferia na corrente elétrica da garra do equipamento. Dessa forma, os clientes tinham sua capacidade de vencer prejudicada, uma vez que a força da garra era controlada após um número específico de tentativas.
A suspeita inicial surgiu a partir de denúncias envolvendo as empresas Black Entertainment e London Adventure, que utilizavam bonecos falsificados de personagens famosos em máquinas localizadas em shoppings da região. Após perícia, constatou-se que o sistema era adulterado com o intuito de ludibriar os consumidores, gerando uma dependência maior da sorte do que da habilidade na hora de capturar os brinquedos.
Além disso, durante a operação, foram encontrados pelúcias falsificadas, equipamentos eletrônicos, documentos, celulares e até mesmo uma arma em um dos galpões vistoriados. Outro ponto importante é que um dos alvos já possuía histórico de envolvimento com jogo de azar, o que levantou a suspeita da participação do Jogo do Bicho nesse esquema de fraude.
Esta ação é a segunda fase da operação ‘Mãos Leves’, iniciada em maio deste ano, quando várias máquinas e bichos de pelúcia piratas foram apreendidos. Os investigados podem responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade intelectual e associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. Ainda há a hipótese de lavagem de dinheiro estar sendo analisada pelas autoridades.
Diante da gravidade dos fatos, a defesa das empresas envolvidas não foi localizada para prestar esclarecimentos sobre as acusações. A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes desse esquema fraudulento e garantir a segurança e honestidade nas relações de consumo.