No entanto, o sucesso econômico alcançado pela indústria do salmão no Chile não vem sem críticas e preocupações. Ambientalistas alertam para os impactos negativos nas áreas costeiras e na vida selvagem nativa, provocados pelo uso de antibióticos e pesticidas em larga escala nas fazendas de salmão. Relatórios da ONU classificaram a aquicultura de salmão como uma das principais ameaças ao meio ambiente na região, destacando a necessidade de análises científicas independentes dos impactos ambientais.
Mesmo com a pressão dos ambientalistas e da comunidade internacional, a indústria do salmão continua a crescer, expandindo-se para a intocada região de Magalhães, na Patagônia. A introdução do salmão nessas águas pode afetar negativamente a biodiversidade e provocar mudanças químicas nos ecossistemas locais.
Diante desse cenário, o presidente chileno Gabriel Boric, um crítico da indústria do salmão, tem sido pressionado a tomar medidas para limitar os danos ambientais causados pela aquicultura. No entanto, a batalha entre os interesses econômicos da indústria e a preservação ambiental continua, enquanto comunidades indígenas lutam para proteger suas terras e águas dos impactos negativos da criação de salmão.
O futuro do sul da Patagônia permanece incerto, com desafios complexos que envolvem questões ambientais, econômicas e sociais. A busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental continua a ser um desafio para o Chile e para o mundo. É preciso um esforço conjunto de governos, indústrias e comunidades para garantir um futuro sustentável para a região.