No início de 2023, o Presidente Lula visitou a região e prometeu expulsar cerca de 40 mil mineradores, classificando a situação como um “genocídio”. A ação da Polícia Federal resultou na remoção de 75% dos garimpeiros, mas a presença de grupos criminosos e a recorrência de violência e doenças continuam a ameaçar os yanomami. Os esforços do governo, que incluem a criação do Ministério dos Povos Indígenas e reestruturação da Funai, têm encontrado obstáculos diante da resistência do setor agropecuário e de políticas implementadas por antecessores, como Jair Bolsonaro.
A violência contra comunidades indígenas no Brasil não é um caso isolado. O Conselho Indigenista Missionário relatou um aumento nos assassinatos violentos, superando recordes anteriores. Líderes indígenas e defensores dos direitos humanos são frequentemente alvos de proprietários de terras, madeireiros, garimpeiros e milícias. A lentidão na demarcação de terras e a presença desigual do Estado nessas regiões ampliam a vulnerabilidade das comunidades indígenas.
Apesar das operações de segurança militares e das ações para desmantelar infraestruturas ilegais, a frustração com a proteção insuficiente dos povos indígenas persiste. Medidas eficazes, como o fortalecimento das instituições responsáveis pela proteção indígena, aceleração da demarcação de terras e combate aos crimes ambientais, são urgentemente necessárias. O alinhamento das estratégias governamentais com a proteção dos direitos indígenas deve ser uma prioridade para garantir a segurança e o bem-estar dessas comunidades.