Segundo Lessa, Rivaldo teria orientado os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do assassinato, sobre como evitar investigações. O ex-PM descreveu Rivaldo como uma figura maligna e indiferente, capaz de causar repulsa em quem atirou. Ele também afirmou que a corrupção era generalizada na Delegacia de Homicídios sob a gestão de Rivaldo Barbosa, onde inquéritos desapareciam para impedir a resolução de crimes.
Durante o depoimento, Lessa detalhou o esquema de corrupção existente na polícia do Rio de Janeiro, no qual Rivaldo Barbosa estaria envolvido, permitindo que mais dinheiro circulasse à medida que crimes eram cometidos. A defesa de Rivaldo interrompeu o depoimento para questionar a veracidade das declarações de Lessa, que afirmou que não havia feito pagamentos de propina, mas tinha conhecimento dos esquemas ilícitos na polícia.
Lessa também mencionou o envolvimento do ex-PM Adriano da Nóbrega no esquema, afirmando que Rivaldo era uma figura central para a atuação do grupo conhecido como “Escritório do Crime”. Ele ainda relatou que Domingos Brazão teria garantido que Rivaldo tomaria medidas para atrapalhar a investigação do assassinato de Marielle, e que essa garantia teria sido feita antes do crime ser realizado.
O ex-PM também mencionou outra tentativa de assassinato encomendada por um bicheiro, que ocorreu paralelamente ao plano de matar Marielle. Ele destacou a cultura de corrupção e impunidade que permeia o cenário criminal carioca, afirmando que certas práticas já são parte integrante da realidade local. A audiência no STF continua e mais detalhes sobre o caso devem surgir ao longo da semana.