Segundo relatos dos alunos, o professor em questão, Ricardo Cabral, teria emitido opiniões transfóbicas e capacitistas durante suas aulas. O protesto reuniu estudantes de diversos cursos, como ciências sociais, história, direito e psicologia, que se uniram para pedir o afastamento do docente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.
Durante o protesto, os manifestantes escoltaram o professor para fora da unidade, ao som de gritos de repúdio contra discriminação. Os alunos alegam que Cabral teria sido extremamente transfóbico e capacitista em uma aula com calouros de ciências sociais, chegando a humilhar e assediar moralmente estudantes envolvidos em um debate sobre cotas para pessoas trans em universidades.
De acordo com os relatos, o professor teria interrompido o debate para afirmar que pessoas trans não existem, classificando essa questão como apenas um conceito político. Além disso, teria constrangido uma aluna autista ao questionar publicamente sobre sua condição, diante de toda a turma.
Cabral, que é professor da UFRJ há mais de duas décadas e responsável pela disciplina de psicologia em ciências sociais, foi afastado pela universidade, que se comprometeu a apurar o caso e oferecer ampla defesa ao docente. O Diretório Central dos Estudantes informou que existem pedidos de exoneração do professor desde 2002, mas a instituição nega essa informação.
É fundamental que casos como esse sejam investigados e que medidas sejam tomadas para garantir um ambiente acadêmico respeitoso e inclusivo. A UFRJ afirmou repudiar todas as formas de discriminação e reforçou a importância do respeito mútuo nas relações entre docentes e discentes dentro da universidade.