Essa abertura paralímpica fora de um estádio trouxe à tona o lema da França -Liberté, Égalité, Fraternité- incorporando agora o termo diversité. Foi um momento emblemático que aponta para uma nova era de inclusão e respeito à diversidade.
A cerimônia quebrou padrões e expôs paradoxos em diversos aspectos. O desfile das nações, por exemplo, ultrapassou o tempo previsto, mostrando que as condições físicas, sensoriais e intelectuais têm seu próprio ritmo e devem ser respeitadas.
Os monumentos históricos de Paris, representados pela Place de la Concorde, passaram por adaptações para garantir maior acessibilidade, demonstrando que as pessoas sempre devem vir em primeiro lugar. Além disso, até mesmo a execução do hino nacional ganhou uma roupagem nova, mais harmônica e inclusiva.
O ponto alto da cerimônia foi a presença de artistas com e sem deficiência em diversas apresentações, incluindo um emocionante Bolero de Ravel inclusivo durante o acendimento da pira paralímpica. A chama simbólica dos jogos também foi acessa por seis atletas com deficiência, simbolizando a diversidade e a igualdade.
Embora a abertura paralímpica em Paris possa ter sido mais contida em relação à grandiosidade das aberturas olímpicas anteriores, a presença marcante da diversidade e inclusão foi indiscutível. Este evento marca um passo importante na luta contra a invisibilidade e limitações enfrentadas pelas pessoas com deficiência, representando uma nova revolução francesa em prol da igualdade e da diversidade.