Investigações do “Dia do Fogo” de 2019 são arquivadas sem indiciados, aumentando a sensação de impunidade no Brasil.

Recentemente, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou a atenção para a suspeita de que uma série de incêndios em São Paulo poderia ter sido orquestrada, assemelhando-se ao episódio conhecido como “Dia do Fogo”, que ocorreu em 2019. A declaração da ministra veio em meio ao aumento constante no número de queimadas no país, deixando em evidência a questão ambiental que parece ter sido esquecida ao longo dos anos.

A investigação realizada pela BBC News Brasil revelou que, cinco anos depois do primeiro “Dia do Fogo”, as investigações federais sobre o caso foram arquivadas sem que nenhum responsável tenha sido indiciado, denunciado ou julgado. O Ministério Público Federal informou que as investigações não foram conclusivas e não apresentaram elementos suficientes para a propositura de denúncia.

A falta de responsabilização pelo episódio de 2019 levanta questões sobre a impunidade em crimes ambientais no Brasil. Ambientalistas afirmam que a falta de punição fortalece a sensação de que o crime ambiental compensa, criando um ciclo de impunidade que pode incentivar novas ocorrências.

O “Dia do Fogo” em 2019 ocorreu em Novo Progresso, no Pará, despertando suspeitas de que fazendeiros da região teriam combinado os incêndios como forma de demonstrar apoio ao então presidente Jair Bolsonaro. Apesar das evidências apontadas pela Polícia Federal, nenhum dos investigados foi indiciado ou responsabilizado pelo episódio.

A falta de punição e a impunidade gerada pelas investigações arquivadas podem incentivar novos crimes ambientais, como apontado por especialistas. A ligação entre a impunidade e o aumento de queimadas na região de Novo Progresso reforça a necessidade de um maior controle e responsabilização em casos de crimes ambientais. A inação diante do “Dia do Fogo” de 2019 pode estar contribuindo para a continuidade dos problemas ambientais no país.

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