Neste ano, Rondônia já registrou 4.197 focos de incêndios em áreas urbanas e 690 em áreas de conservação, totalizando 4.887 focos, o que representa o dobro do registrado no ano anterior. Os incêndios já devastaram mais de 107 mil hectares de floresta, causando graves impactos ambientais.
A escassez de chuvas na região é um dos fatores que contribuem para a persistência dos incêndios, prevista para durar pelo menos mais três meses. A falta de chuvas tem provocado a redução no nível dos rios e na umidade do ar, aumentando os riscos de incêndios florestais e queimadas urbanas, além dos prejuízos à saúde pública e ao meio ambiente.
Os dados de 2024 indicam um aumento de 43,2% nos focos de calor na Amazônia em comparação com o mesmo período do ano anterior, com Rondônia sendo uma das áreas mais afetadas. O governo do estado destacou os prejuízos econômicos e sociais causados pelos incêndios, assim como os desafios enfrentados pelas equipes de combate devido à difícil acessibilidade às áreas afetadas.
A seca excepcional também tem impactado o Rio Madeira, que está com níveis baixíssimos, refletindo um dos anos mais desafiadores para a região amazônica. A declaração de emergência visa garantir a proteção das populações urbanas e rurais, das áreas de conservação ambiental, das atividades agrícolas e pecuárias, além de assegurar a navegabilidade dos rios e outras atividades essenciais para a população.
O decreto foi publicado com validade de 180 dias e entra em vigor imediatamente, evidenciando a grave situação enfrentada pelo estado de Rondônia diante dos incêndios florestais e da baixa umidade do ar.