O compromisso de Lira com os evangélicos foi feito duas semanas atrás, durante uma reunião com a bancada. No entanto, um possível obstáculo para a votação é o fato de o presidente da Câmara ter autorizado os deputados a não registrarem presença em Brasília. Para que a PEC seja aprovada, é necessário o apoio de 308 deputados, em votação de dois turnos.
De autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), ex-prefeito do Rio de Janeiro e bispo licenciado da Igreja Universal, a PEC visa garantir que as instituições religiosas não sejam tributadas na aquisição de bens e serviços essenciais para a manutenção de suas atividades, como carros, mobiliário e energia elétrica. O benefício também se estende a organizações beneficentes mantidas por entidades religiosas, e a proposta foi aprovada por unanimidade na comissão especial da Câmara.
Com a proximidade das eleições municipais, os parlamentares estão cautelosos para não desagradar nenhum setor do eleitorado. Mesmo os membros de partidos de esquerda que integram a comissão especial votaram a favor da PEC, o que demonstra a crescente influência da direita entre os evangélicos.
A expectativa é de que a votação aconteça dentro do prazo estabelecido, a fim de definir o rumo da imunidade tributária das igrejas e templos religiosos, um tema que tem gerado debates e discussões entre os parlamentares e a sociedade em geral.