O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu o relatório como um “um SOS para o aumento do nível do mar”. A projeção para o Brasil foi calculada com o auxílio de uma ferramenta desenvolvida pela Nasa, que considerou diferentes cenários de aquecimento propostos pelo IPCC.
Segundo o relatório, até 2050, as grandes cidades costeiras do G20 devem sofrer um aumento adicional do nível do mar, com algumas delas podendo enfrentar elevações entre 24 cm e 41 cm. No caso do Brasil, Rio de Janeiro e Atafona apresentam resultados semelhantes, com projeção de aumento médio de 16 cm até 2050.
O relatório destaca que a subida dos oceanos pode ter consequências devastadoras para diversas populações do planeta, causando danos econômicos significativos. Desde o início do século 20, o nível do mar tem subido mais rapidamente do que nos últimos 3.000 anos, com uma aceleração ainda maior devido ao aquecimento global.
Os cientistas alertam que um cenário de aquecimento de 2°C poderia levar à perda expressiva de gelo, desencadeando um aumento do nível do mar entre 12 e 20 metros. Isso teria efeitos devastadores nas áreas costeiras, afetando os meios de subsistência de comunidades em todo o mundo.
Portanto, diante desse cenário preocupante, fica evidente a necessidade de ações urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas que estão afetando diretamente o aumento do nível dos oceanos.