As contas externas, também conhecidas como transações correntes, são essenciais para medir a vulnerabilidade de um país diante de crises exteriores. Esse indicador é formado pelo saldo da balança comercial, da balança de serviços, pela renda primária e pelas transferências pessoais de brasileiros no exterior.
No mês de julho, as contas externas apresentaram um déficit de US$ 5,162 bilhões, representando um aumento de 45,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O aumento das importações de serviços foi o principal responsável pelo crescimento do déficit. A balança de serviços, que engloba transportes, seguros, serviços financeiros e viagens internacionais, fechou os sete primeiros meses do ano com um déficit de US$ 28,937 bilhões, contra US$ 22,159 bilhões no mesmo período de 2023.
Paralelamente, o superávit da balança comercial está diminuindo em 2024. De janeiro a julho, o país exportou US$ 44,696 bilhões a mais do que importou, contra US$ 49,789 bilhões no mesmo período do ano anterior.
O aumento do déficit das contas externas está relacionado ao crescimento da economia. Com o PIB em ascensão, as importações de produtos e serviços aumentam, causando um desequilíbrio nas contas externas.
Além disso, os gastos dos turistas brasileiros no exterior tiveram uma queda mínima em relação ao ano passado, totalizando US$ 8,403 bilhões nos sete primeiros meses de 2024. Por outro lado, os investimentos estrangeiros diretos no Brasil aumentaram, chegando a US$ 45,065 bilhões no mesmo período. Em julho, esses investimentos totalizaram US$ 7,258 bilhões.