Além do Tocantins, os mandados também foram executados em outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Medidas como afastamento de cargo público, sequestro e indisponibilidade de bens dos envolvidos também foram determinadas. As investigações, que ainda mantêm os alvos em sigilo, revelaram atividades ilícitas como corrupção ativa, exploração de prestígio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Imagens da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo no estado, mostraram agentes da PF na residência do desembargador João Rigo Guimarães, que já foi presidente do TJTO e atualmente preside o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. A operação, intitulada como ‘Operação Máximus’, faz referência à luta contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano, retratada no filme Gladiador.
A corporação emitiu uma nota informando que as investigações apuram possíveis negociações para compra e venda de decisões judiciais, além de práticas para lavagem de dinheiro originado das atividades criminosas em questão. Ação ocorre dois dias após a PF ter realizado a Operação Fames-19, que teve como alvo o governador do estado, Wanderlei Barbosa, em relação a desvios na contratação de empresas para distribuição de cestas básicas.
A Agência Brasil buscou posicionamento do TJTO e tenta contato com o desembargador João Rigo Guimarães ou sua defesa, porém até o momento não obteve retorno. A operação sinaliza mais um capítulo no combate à corrupção e crimes de colarinho branco, reforçando a atuação da PF no desmantelamento de esquemas ilegais que comprometem a integridade do sistema judiciário brasileiro.