Jornada de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole: investidores à espera de pistas sobre cortes de juros nos EUA

A valorização das bolsas americanas e europeias, aliada à força do petróleo nesta manhã, impulsionam o Ibovespa, porém, de forma moderada, devido à agenda esvaziada de indicadores no Brasil e no exterior. Os investidores estão ansiosos pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que acontecerá às 11 horas, na abertura do Simpósio de Jackson Hole.

A expectativa é que Powell dê sinais sobre o ritmo do corte dos juros nos Estados Unidos, previsto para começar em setembro, e talvez indique como será o ciclo de queda. Uma sinalização de um corte de juros acima de 0,25 ponto percentual poderia impulsionar o Ibovespa, que fechou em pontuações recordes nos últimos três pregões.

O discurso de Powell será minuciosamente analisado em busca de informações sobre o cronograma, magnitude e ritmo dos cortes de juros. O presidente do Banco Central, Roberto Campos, também fará uma fala em Jackson Hole, mas somente no dia seguinte. Enquanto isso, os investidores tentam entender as divergências nas mensagens dos dirigentes do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

A recente tentativa do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, de corrigir afirmações conflitantes e as declarações menos “hawkish” de Campos Neto contribuíram para um aumento das incertezas nos mercados, levando os juros futuros a subirem e o dólar a se aproximar dos R$ 5,60. No entanto, nesta manhã, observa-se um ajuste no mercado.

O Ibovespa registrou uma elevação de 0,36% às 10h47, com o dólar à vista caindo 0,67%. As ações da Petrobras apresentaram alta entre 0,62% e 0,96%, enquanto os papéis da Vale recuavam 0,62%, influenciados pelo declínio do minério de ferro na Bolsa de Dalian, na China. O petróleo também registrou avanço, em recuperação de quedas anteriores, com aumento de 1,44% em Londres e 1,81% nos EUA.

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