O mercado reagiu positivamente a essa sinalização, aumentando as apostas em um corte de 50 pontos-base na taxa dos Fed Funds no próximo mês. No entanto, Powell ressaltou que a decisão final dependerá de indicadores econômicos e do balanço de riscos à inflação. A Ferramenta CME FedWatch indica que o cenário mais provável ainda é de um corte de 25 pontos-base.
Apesar da queda nas taxas brasileiras, a perspectiva de aumento da Selic em setembro ainda está presente no mercado. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou em declarações recentes a possibilidade de elevação da taxa básica se necessário. A resistência da atividade econômica e da inflação, juntamente com a incerteza em relação à trajetória da dívida pública, são fatores que mantêm a alta da Selic como uma opção para os investidores.
Enquanto alguns economistas como Victor Beyruti, da Guide Investimentos, estimam uma manutenção da Selic em 10,5% no próximo mês, outros como Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, acreditam que não haverá aumento de juros este ano. Miraglia destaca que o fortalecimento do dólar em relação ao real está mais ligado a fatores externos do que internos.
Independentemente das divergências de opinião, o mercado financeiro permanece atento às movimentações do Federal Reserve e à possibilidade de uma redução na taxa de juros americana, o que poderia impactar os ativos de risco no Brasil. O cenário econômico internacional e as expectativas em relação à política monetária dos EUA continuarão influenciando as decisões dos investidores brasileiros nos próximos meses.