A presidente do tribunal, Caryslia Rodríguez, declarou que, após a convocação dos envolvidos e a análise dos materiais eleitorais, os magistrados da câmara eleitoral certificaram os resultados de forma “irrestrita e inequívoca”. Segundo Rodríguez, os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral foram respaldados pelas folhas de apuração emitidas pelas máquinas de votação.
Essa decisão da Suprema Corte ocorreu em resposta a um pedido de revisão dos totais de votos feito por Maduro, após a oposição divulgar registros online de 80% das cabines de votação que mostravam a vitória do candidato opositor Edmundo González Urrutia com uma margem de mais de 2 para 1. González não participou da auditoria, o que levou os juízes a acusá-lo de tentar semear o pânico.
É importante ressaltar que a alta corte venezuelana é composta majoritariamente por aliados de Maduro e raramente se posicionou contra o governo. Essa decisão levanta questionamentos sobre a legitimidade do resultado das eleições e reacende as críticas internacionais sobre o processo democrático no país.
A controvérsia em torno desse episódio eleitoral na Venezuela apenas intensifica a crise política e social que assola o país latino-americano. As reações e repercussões dessa ratificação da Suprema Corte continuarão a alimentar o debate sobre a situação política na Venezuela e suas consequências para a democracia e os direitos humanos.