Segundo Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, esse dia foi relativamente vazio em termos de agenda e novidades, sendo que o pregão positivo do dia anterior foi fortemente influenciado pela comunicação do Fed em sua ata, reforçando a proximidade do corte dos juros nos Estados Unidos. O estrategista da Potenza Capital, Bruno Takeo, destacou que os mercados emergentes, de modo geral, estão corrigindo altas recentes, e desde terça-feira o mercado local opera meio que na contramão do exterior, devido às falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A expectativa agora está nos discursos do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole. Os mercados estão aguardando por comunicados e sinais dos bancos centrais. Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC, afirmou que a ata do último Comitê de Política Monetária reflete adequadamente o diagnóstico sobre a economia, ressaltando a coesão dos membros do colegiado.
Apesar da recuperação do petróleo e das altas acima de 1,00%, as ações da Petrobras cederam, assim como as ligadas ao minério de ferro. O Ibovespa encerrou em alta na sessão anterior, renovando sua pontuação histórica pelo terceiro pregão seguido. A arrecadação de impostos e contribuições federais em julho de 2024 também apresentou uma alta real de 9,55% em comparação com o mesmo mês no ano anterior.
No momento, o Ibovespa está em queda de 0,70%, enquanto as ações da Vale e da Gerdau apresentam recuos. As ações dos grandes bancos também operam em baixa, destacando o Banco do Brasil com uma queda de 1,29%. O mercado financeiro continua atento aos desdobramentos internacionais e espera por novas informações dos bancos centrais para orientar suas próximas movimentações.