A ocupação do edifício teve início na noite da última terça-feira (20), após um protesto anterior que acabou em confronto com seguranças e servidores da universidade. Apesar do recuo do grupo na ocasião, os estudantes decidiram retomar a ocupação como forma de pressionar a reitoria da Uerj a rever as mudanças nas regras dos benefícios estudantis.
A universidade se pronunciou afirmando que considera a ocupação inaceitável, destacando que os manifestantes já haviam utilizado de violência anteriormente. A Uerj mencionou um episódio em que os estudantes invadiram o plenário durante uma sessão do Conselho Universitário, cerceando o direito de ir e vir dos presentes e resultando em feridos.
Os estudantes, por sua vez, negam qualquer ato violento por parte deles e alegam que as ações durante a sessão do Conselho respeitaram as falas dos presentes. Eles afirmam que a reitoria não demonstrou interesse em negociar e que a ocupação já dura três semanas, desde o dia 6 de agosto.
O motivo principal da manifestação dos estudantes é a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que altera critérios para a concessão de auxílios e bolsas estudantis. As novas regras excluíram 1,2 mil estudantes, segundo a Uerj, por não se enquadrarem nos requisitos de renda familiar estabelecidos.
Os manifestantes exigem que a reitoria busque recursos para manter a assistência estudantil e critica a falta de diálogo no processo de implementação das mudanças. A reitoria da Uerj, por sua vez, espera que o movimento recue e permita a retomada das atividades no Pavilhão, lembrando que a comunidade acadêmica é composta por milhares de alunos, professores e servidores.