Senador Hamilton Mourão denuncia suposta ilegalidade na relação entre gabinete de ministro do TSE e jornal Folha de S.Paulo

Em um pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fez duras críticas à suposta ilegalidade na relação entre o gabinete do ministro Alexandre de Moraes e integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme denunciado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Para o senador, essa relação demonstra um desequilíbrio entre os Poderes e uma utilização indevida da autoridade para perseguir politicamente membros da oposição ao governo Lula.

Mourão expressou sua preocupação com as “arbitrariedades” que estariam ocorrendo dentro da estrutura do Judiciário brasileiro, alegando que pessoas estariam sendo sentenciadas de forma injusta. O senador destacou o que chamou de “modus operandi maquiavélico”, no qual alvos e desafetos são definidos e, em seguida, são produzidas provas por uma equipe de assessoria, muitas vezes utilizando a criatividade. Ele ressaltou que isso leva a situações onde pessoas são presas sem saber os motivos e onde até um desabafo no WhatsApp pode resultar na destruição da reputação feita pelo Estado.

Além disso, o senador mencionou o caso da rede social X, que decidiu fechar seu escritório no Brasil após alegar ameaças e censura por parte do ministro do STF Alexandre de Moraes. Mourão criticou a atuação do ministro, apontando que ela prejudica a liberdade de expressão, que é fundamental para a democracia.

Em sua fala, o senador enfatizou a necessidade de mudanças nesse cenário. Ele ressaltou a importância de a Constituição funcionar de fato, para que não prevaleça uma interpretação relativa do direito, na qual um único ministro da Suprema Corte age de forma plenipotenciária, manipulando laudos e quebrando ritos processuais. Para Mourão, é essencial preservar o valor da liberdade nas sociedades ocidentais.

Essas declarações do senador Hamilton Mourão evidenciam a tensão e as preocupações em relação ao sistema judicial brasileiro e à garantia dos direitos individuais dos cidadãos no país. Suas críticas abordam temas sensíveis, como a separação dos Poderes e a liberdade de expressão, chamando a atenção para a necessidade de respeitar os princípios democráticos e constitucionais.

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