No último dia 14, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez o anúncio da emergência global por mpox em um vídeo no canal oficial da organização no YouTube. Durante a transmissão, que durou 53 minutos, Tedros não sugeriu a aplicação de mega lockdowns para conter a propagação da doença. Ele destacou a preocupação com a detecção e disseminação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo e em países vizinhos.
Dois dias após a declaração, Tedros enfatizou a importância da cooperação dos governos no combate ao vírus, sem mencionar a aplicação de mega lockdowns ou isolamento social em massa como estratégias para conter a transmissão. Ele incentivou os países a compartilhar informações e a aplicar lições aprendidas em crises de saúde anteriores.
A OMS divulgou uma lista de recomendações temporárias para países que enfrentam surtos de mpox, como a República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. As orientações incluem uma melhor coordenação da resposta à emergência, ampliação da vigilância da doença, fornecimento de apoio clínico e nutricional aos pacientes, entre outras medidas.
Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, pontuou que a mpox não pode ser comparada à covid-19 e que é possível controlar a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar a resposta à mpox no país. A pasta está em negociação para adquirir doses da vacina contra a doença e destaca a importância da vigilância e monitoramento para controlar a propagação do vírus.