Governo federal exclui Ceagesp e CeasaMinas do Programa Nacional de Desestatização em decisão publicada no Diário Oficial da União.

O governo federal surpreendeu a todos ao excluir a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) do Programa Nacional de Desestatização (PND), bem como retirá-la do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. Considerada o maior entreposto de alimentos da América do Sul, a Ceagesp havia sido inserida no PND e qualificada para o PPI no ano de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. A decisão, que pegou muitos de surpresa, foi oficializada nesta terça-feira (20), através da publicação no Diário Oficial da União.

Além disso, a CeasaMinas, empresa que atua nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais, também foi afetada por esse movimento de exclusão dos programas governamentais. Um decreto publicado pelo governo federal retirou a CeasaMinas tanto do PND quanto do PPI. Enquanto a Ceagesp tinha sido incluída no PND em 2019, no governo de Bolsonaro, a CeasaMinas fazia parte do programa desde 2000, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Essa não é a primeira vez que o governo federal realiza exclusões de empresas e entidades dos programas de desestatização. No ano de 2023, durante o governo de Lula, várias outras empresas foram retiradas do PND, como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras. Além disso, o PPI também sofreu exclusões, atingindo empresas como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).

Com tantas mudanças no cenário das estatais e empresas públicas, o governo federal tem sido alvo de críticas e questionamentos sobre os motivos por trás dessas exclusões do processo de desestatização. O futuro dessas empresas e o impacto para o setor de abastecimento e logística de alimentos no país são incertos diante dessas recentes decisões.

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