Segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a pesquisa liderada pela UFMG recebeu apoio do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, que doou o material conhecido como semente do vírus da mpox, essencial para a produção do imunizante. Atualmente, a equipe está focada em aumentar a produção para conseguir atender a uma demanda em grande escala.
A vacina brasileira utiliza um vírus semelhante ao da mpox, porém atenuado após passagens em um hospedeiro diferente, perdendo assim a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, incluindo os seres humanos.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de importância internacional devido ao aumento de casos da doença e à aparição de uma nova variante na África. Apesar dos 709 casos identificados no Brasil este ano, nenhum deles foi causado pela nova variante.
Atualmente, existem duas vacinas disponíveis contra a mpox aprovadas pela OMS. A Jynneos, produzida pela Bavarian Nordic, é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV. Já a ACAM 2000, fabricada pela Emergent BioSolutions, possui mais contra-indicações e efeitos colaterais devido ao uso do vírus ativo.
O Brasil, diante da emergência global, está negociando a compra de 25 mil doses da vacina Jynneos. Desde a aprovação pela Anvisa em 2023, o país já recebeu e aplicou cerca de 47 mil doses do imunizante.
Portanto, o trabalho incansável do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG mostra que o Brasil está empenhado em buscar soluções e contribuir para o combate contra a mpox. Espera-se que com a produção em larga escala da vacina brasileira, seja possível conter a propagação da doença e proteger a população.