Os salários dos desembargadores afastados foram impulsionados pelo pagamento de ‘outros direitos pessoais’, que não foram detalhados pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. A investigação da Polícia Federal, chamada de Operação 18 Minutos, aponta para suspeitas de desvios de R$ 14 milhões em processos com indícios de fraudes.
Os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves, Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior foram os principais alvos da investigação. Almeida Filho teve um rendimento líquido de R$ 533.132,30 entre janeiro e julho, enquanto Everton acumulou R$ 576.669,88 no mesmo período. Já Nelma Sarney recebeu R$ 429.96,88 e Guerreiro Júnior, R$ 412.023,11.
A Operação 18 Minutos investiga um grupo de magistrados suspeitos de manipulação de processos para benefícios financeiros. A ação foi assim nomeada devido ao espaço de tempo entre despachos de magistrados e saques de valores. A Polícia Federal realizou buscas nos gabinetes e endereços residenciais dos desembargadores investigados.
Além dos desembargadores afastados, também estão sob investigação os juízes Cristiano Simas de Sousa, Alice de Sousa Rocha e o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos. A suspeita é de desvios milionários e práticas indevidas no Tribunal de Justiça do Maranhão. O ‘abate-teto’, que limita os salários dos servidores públicos, não foi uma barreira eficaz para conter os valores recebidos pelos desembargadores investigados.
Agora, resta aguardar os desdobramentos da investigação da Operação 18 Minutos e as possíveis consequências para os envolvidos no caso. A população aguarda por transparência e justiça em relação às suspeitas levantadas no Judiciário do Maranhão.