Supertelescópio revolucionário inicia fase operacional no Chile para mapear o céu do Hemisfério Sul e revolucionar a astronomia.

O mundo da astronomia se prepara para um dos empreendimentos mais impressionantes da era moderna, com o supertelescópio que será usado pelo projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST) iniciando em breve sua fase operacional. Durante os próximos dez anos, todas as noites, este telescópio mapeará o céu do Hemisfério Sul e disponibilizará informações cruciais para a comunidade científica.

O Brasil terá um papel fundamental nessa empreitada internacional de US$ 1 bilhão, ao lado dos Estados Unidos e do Chile, que sedia o observatório. Com um acordo de cooperação científica firmado recentemente entre o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA) do Brasil e o SLAC National Accelerator Laboratory dos EUA, que representa o Departamento de Energia americano, o país se junta a 43 grupos de pesquisa internacionais de 28 nações para contribuir com este projeto revolucionário.

A partir da próxima semana, estão previstos os testes com a câmera do telescópio, e em setembro, as primeiras imagens serão produzidas. Com a instalação do supertelescópio em Cerro Pachón, no Chile, o avanço na observação do Universo será monumental. Com sua câmera digital de ultradefinição, contendo 3,2 bilhões de pixels, este telescópio de 8,4 metros de diâmetro promete capturar imagens detalhadas de estrelas, galáxias e asteroides no espaço.

Sob a liderança do Observatório Vera C. Rubin, dos EUA, o levantamento fotométrico do Hemisfério Sul será realizado, produzindo imagens de altíssima resolução com seis diferentes filtros de cores. Cada posição no céu será observada mil vezes ao longo de dez anos, proporcionando um filme do Universo como nunca visto antes.

Além da participação na parte de observação, o Brasil será responsável pela gestão de um grande centro de dados para armazenar e processar parte das informações geradas pelo LSST. Com o desenvolvimento de um software de Big Data especial, a equipe de tecnologia da informação do país está preparada para contribuir significativamente para o sucesso deste projeto.

O diretor do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), Luiz Nicolaci da Costa, enfatiza que o LSST não apenas expandirá nossa compreensão do universo, mas também irá revolucionar a maneira como os dados astronômicos são analisados e interpretados. Com expectativas de desenvolver soluções computacionais inovadoras e avançar no campo da inteligência artificial, este projeto colocará o Brasil no cenário da pesquisa astrofísica de ponta.

Com o início dos testes se aproximando e a primeira geração de imagens programada para setembro, o mundo aguarda ansiosamente os resultados e descobertas que serão feitas através do LSST. A participação do Brasil neste projeto representa uma oportunidade única para o país se destacar no cenário internacional da astronomia e contribuir significativamente para o avanço da ciência. Este é um momento emocionante e promissor para a astronomia brasileira e mundial, à medida que nos preparamos para desvendar os mistérios do Universo de maneira sem precedentes.

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