Terra adorada, entre outras mil és tu, Brasil – O desafio e os resultados das cidades planejadas do país

O pesquisador americano Andrew Stokols, conhecido por suas pesquisas sobre planejamento urbano em diversas capitais asiáticas, nunca teve a oportunidade de visitar Brasília. No entanto, mesmo sem nunca ter estado na capital brasileira, Stokols ressalta a importância de Brasília no contexto das cidades planejadas do século 20.

Comparando Brasília com Chandigarh, na Índia, Stokols aponta que ambas apresentaram características utópicas modernistas que não corresponderam completamente às expectativas. Enquanto Brasília, projetada pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurada em 1960, enfrentou desafios como desmatamento, asfaltamento e desigualdades sociais com as cidades-satélites ao redor do Plano Piloto, Chandigarh, idealizada pelo arquiteto Le Corbusier em 1953, também teve seus contratempos.

Stokols destaca que, apesar de muitas vezes ser vista como um fracasso, Brasília ainda é a capital do Brasil, o que demonstra sua capacidade de sobrevivência e adaptação ao longo dos anos. Além disso, ele ressalta que a mudança da capital do país para o interior atendeu a promessa de campanha do presidente Juscelino Kubitschek.

No Brasil, existem outras oito capitais estaduais consideradas planejadas que podem ser classificadas como bem-sucedidas. Desde Salvador, a primeira capital do país, projetada em 1549, até a mais recente, Palmas, inaugurada em 1990, essas cidades apresentam diferentes características arquitetônicas e urbanísticas que refletem os ideais de seus idealizadores.

Em um cenário global, a experiência de Brasília e de outras cidades planejadas pelo mundo serve como um importante aprendizado para o planejamento urbano futuro. A história de Brasília se mistura com a história do Brasil e com as aspirações de um país em busca de modernidade e progresso.

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