Apesar da degeneração na retina que o afasta das salas de cinema, Bernardet mantém uma rotina produtiva e conta com a colaboração de outros realizadores para a escrita de seu novo livro, intitulado “Viver o Medo”. Em entrevista, o cineasta revelou a importância do ensino de cinema na Universidade de Brasília durante a ditadura militar, onde atuou como professor e participou da criação do curso de cinema na década de 1960.
Durante a entrevista, Bernardet rememora sua experiência como roteirista do documentário “Brasília: Contradições de uma Cidade Nova” e destaca a intensidade e entusiasmo presentes na capital federal naquela época. Atualmente, o cineasta se dedica à escrita, à produção de pequenos filmes e à parceria com a ex-aluna Sabrina Anzuategui em projetos literários.
Ao falar sobre a mostra de filmes em sua homenagem, Bernardet expressou sua gratidão pelo reconhecimento da sociedade e das instituições culturais, reconhecendo que sua figura é uma construção social influenciada por essas entidades. Com uma vasta contribuição para o cinema brasileiro, Bernardet é uma referência importante na cultura do país e seu legado será celebrado na mostra “Bernardet e o cinema” nos CCBBs de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.