Assinado acordo para implementação do Formulário Nacional de Avaliação de Risco eletrônico para mulheres vítimas de violência doméstica

Na última quarta-feira, representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Ministério das Mulheres se reuniram em Brasília para firmar um acordo de cooperação técnica. O objetivo principal do acordo é a implementação do Formulário Nacional de Avaliação de Risco (Fonar) de forma eletrônica, voltado para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Essa mudança trará consigo a integração entre o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), sob gestão do MJSP, e a Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). O Fonar, instituído em 2020 pelo Poder Judiciário e Ministério Público, tem como propósito prevenir e enfrentar crimes praticados contra mulheres nesse contexto.

De acordo com informações do Ministério da Justiça, a transição para o formato eletrônico do formulário permitirá que policiais, juízes, servidores do Poder Judiciário, membros do Ministério Público e outros profissionais da rede de proteção tenham acesso mais ágil e eficiente a informações cruciais para identificar situações de risco iminente para as mulheres.

A integração entre as plataformas do Sinesp e do PDPJ, conforme informado pelo CNJ, contribuirá para a obtenção de diagnósticos mais precisos sobre a violência contra mulheres. Isso resultará na implementação de estratégias de gestão de risco mais eficazes por toda a rede de proteção.

O acordo assinado pelos representantes dos ministérios e do CNJ tem validade de cinco anos. A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o presidente do CNJ, Luís Roberto Barroso, destacaram a importância do formulário eletrônico como uma ferramenta essencial para auxiliar os profissionais na identificação e proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Com o advento do Fonar eletrônico, os profissionais terão um instrumento mais eficiente para tomar decisões baseadas em critérios precisos e com segurança jurídica, política e social. Após quase duas décadas da promulgação da Lei Maria da Penha, essa iniciativa representa um avanço significativo na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo