Uma semana depois do terrível incidente, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo ainda está trabalhando no processo de identificação das vítimas. As causas do acidente ainda não foram reveladas e estão sendo investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Esse episódio trágico marca o retorno de uma grande tragédia aérea ao Brasil após mais de 15 anos. O último incidente de grandes proporções ocorreu em 2007, envolvendo um avião da TAM que se chocou com um prédio da companhia em São Paulo, resultando na morte de 199 pessoas.
A incidência de tragédias aéreas como essa tem diminuído ao longo das décadas em todo o mundo, de acordo com um estudo realizado pelo professor de estatística Arnold Barnett e pelo estudante Jan Reig Torra, do MIT. Segundo o estudo, a cada dez anos, desde 1968, o risco de morrer em um acidente de avião comercial é reduzido pela metade.
O Brasil foi classificado em um grupo de risco intermediário em relação a acidentes com aeronaves comerciais, devido a incidentes anteriores, como a colisão aérea envolvendo a GOL em 2006 e o acidente da TAM em 2007. Países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão foram classificados em um grupo de risco mais baixo.
Os estudos de Barnett e Torra apontam para uma melhoria significativa na segurança da aviação ao longo dos anos, com uma queda constante no risco de acidentes. Ainda assim, a preocupação com países menos desenvolvidos em termos de segurança aérea continua sendo um ponto sensível.
Com a constante evolução na segurança dos voos comerciais, especialistas como Barnett estão otimistas quanto ao futuro, esperando que a taxa de melhoria na segurança aérea se mantenha nos próximos anos. Mesmo diante de tragédias como a ocorrida em Vinhedo, a aviação global segue em um caminho de maior segurança e confiabilidade, garantindo a proteção dos passageiros em suas viagens pelo mundo.