Segundo Tedros, a decisão de estender as recomendações se baseia no aumento de casos registrados na República Democrática do Congo, onde a mpox tem sido um problema por mais de uma década. Em 2024, o número de casos notificados já superou o total de todo o ano passado, ultrapassando os 14 mil, com 524 mortes. O diretor-geral também destacou a preocupação com a rápida propagação da variante 1b na região, que tem sido identificada principalmente por transmissão sexual.
Além disso, dados da OMS apontam que cerca de 90 casos da variante 1b foram reportados em países vizinhos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, que nunca haviam registrado casos da doença anteriormente. A situação levou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África a declarar emergência em saúde pública de segurança continental devido à rápida disseminação da mpox na região.
A OMS também alertou para uma variante mais perigosa da doença, com taxas de letalidade acima de 10% em crianças pequenas na África Central. A organização solicitou aos fabricantes de vacinas contra a mpox que submetam pedidos de análise para uso emergencial das doses, visando acelerar a disponibilidade dos insumos e facilitar a distribuição para países de baixa renda.
A mpox é uma doença viral zoonótica, transmitida pelo contato com animais infectados e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dor no corpo e outros sintomas característicos da doença. A OMS ressaltou a importância de manter uma resposta robusta e sustentável diante dos desafios apresentados pela mpox, mesmo após o fim da emergência em saúde pública internacional.