A transmissão do vírus entre os animais ainda está ocorrendo e, até o momento, há apenas um número limitado de infecções em humanos relatadas. Apesar de novas infecções humanas associadas à exposição a animais infectados continuarem a ocorrer, o impacto dessas infecções na saúde pública global é considerado menor.
Em junho, a OMS confirmou a primeira morte causada pela variante H5N2 da gripe aviária, no México. O paciente, de 59 anos, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves no país. O paciente, que tinha várias condições médicas subjacentes, estava acamado há três semanas antes do início dos sintomas agudos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para as falhas na vigilância de casos de gripe aviária em animais em todo o mundo, o que compromete a capacidade de avaliar e gerir o risco para a saúde humana. Ele mencionou casos recentes nos Estados Unidos e no Camboja, onde foram registradas infecções em humanos após exposição a animais infectados.
Tedros destacou a importância de fortalecer os sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária, tanto em animais quanto em humanos. A OMS também pediu uma maior cooperação entre os setores de saúde humana e animal, além de mais pesquisas sobre a gripe aviária. A entidade enfatizou a importância de oferecer proteção aos trabalhadores expostos ao vírus e de compartilhar informações e amostras do vírus H5N1 com centros colaboradores em todo o mundo.