A decisão de soltura de Rugai gerou polêmica, uma vez que o Ministério Público se manifestou contra a progressão devido à periculosidade do criminoso. No entanto, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal, fundamentou sua decisão na boa conduta de Rugai durante o período de detenção, afirmando que o ex-seminarista preenche os requisitos legais para a progressão do regime.
Após a libertação, Rugai será monitorado por tornozeleira eletrônica e terá visitas periódicas de um policial. A Promotoria anunciou que pretende recorrer da decisão, destacando a gravidade do crime pelo qual o ex-seminarista foi condenado.
O caso que envolve Gil Rugai remonta a 2004, quando seu pai e madrasta foram assassinados a tiros em sua residência, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. Durante as investigações, foram encontradas evidências que ligavam Rugai ao crime, como lesões nos pés compatíveis com as marcas de um sapato deixado na cena do crime, e a descoberta de uma arma utilizada para os assassinatos em um escritório pertencente a Rugai.
Além disso, suspeitou-se que o crime estivesse relacionado ao afastamento de Rugai da empresa de seu pai, devido a um suposto desfalque financeiro. Esses elementos foram fundamentais para a condenação de Rugai e sua subsequente prisão.
A libertação de Gil Rugai despertou uma série de debates sobre a justiça criminal no país, levantando questionamentos sobre a eficácia do sistema penal em garantir a punição adequada a criminosos condenados por crimes graves como homicídio.