Amigos próximos da família revelaram que Maria Valdete tentou convencer o marido a adiar a viagem, pois ela desejava passar o Dia dos Pais em casa. A data era especialmente sensível para o casal, que havia perdido um filho há cerca de um ano. No entanto, o destino trágico foi inevitável, e nenhum dos 58 passageiros e quatro tripulantes sobreviveu ao acidente.
Os corpos de Maria Valdete e Renato Bartnik chegaram a Cascavel na quarta-feira, em um voo da Força Aérea Brasileira, juntamente com outros corpos das vítimas. O casal era muito querido na comunidade local, participando ativamente das missas na paróquia São Paulo. Amigos e familiares lamentaram a perda, destacando a trajetória de vida de Renato, que era caminhoneiro e ex-boia fria, prestando serviços para os produtores de grãos da região.
Durante o velório, a emoção tomou conta dos presentes, com uma das filhas do casal passando mal e sendo levada a um posto de saúde. A mãe de Renato, aos 96 anos, teve sua pressão arterial monitorada diante da comoção pela perda do filho e da nora.
A cidade de Cascavel enfrentou um desafio logístico diante do grande número de velórios simultâneos, causados pelo acidente. O serviço funerário municipal ficou sobrecarregado, levando a falta de itens como cavalete para as coroas de flores. O prefeito ofereceu o centro de eventos municipal para realizar um velório coletivo, porém a maioria das famílias optou por realizar as homenagens em locais privados.
O casal Antonio Zini Júnior e Kharine Pessoa Zini foi uma das primeiras vítimas do acidente aéreo a ser velado em Cascavel, com os corpos sendo transportados de carro até o local da cerimônia, escolha feita pela família em vez do translado aéreo fornecido pela FAB. A tragédia aérea deixou a comunidade de Cascavel em luto e ressaltou a importância do apoio mútuo nessas horas difíceis.