De acordo com Sarrubbo, a situação na cracolândia é considerada um caso isolado e não algo enraizado em todo o estado de São Paulo. No entanto, uma recente operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelou que agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) estavam envolvidos em esquemas de milícia, cobrando comerciantes por serviços de segurança na região.
Além da cobrança de taxas de proteção, a investigação apontou que o grupo também comercializava armas ilegalmente. A movimentação de valores chegou a R$ 4 milhões em um esquema que teve início em 2020, conforme apurado pelas autoridades competentes.
O secretário Sarrubbo destacou a importância de monitorar de perto a possível formação de milícias na cracolândia, ressaltando que esse tipo de organização representa uma variação do crime organizado e é alvo das ações de combate implementadas pelo governo.
Antes de assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Sarrubbo atuou como chefe do Ministério Público de São Paulo por quatro anos. A presença do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, na mesma mesa de discussão ressaltou a relevância do tema e a necessidade de ações contundentes para coibir a atuação de milícias em território paulista.