Segundo o coordenador do Lapis, professor Humberto Barbosa, o avião enfrentou condições meteorológicas adversas durante o voo, incluindo ventos intensos, variação de temperatura, umidade e frio extremo. A fumaça das queimadas na região também contribuiu para as dificuldades enfrentadas pela aeronave.
A principal hipótese apontada por especialistas para a queda do voo 2283 da Voepass é a formação de gelo nas asas do avião. A entrada da aeronave em áreas propícias para a acumulação de gelo coincidiu com momentos de desaceleração brusca, conforme apontado por imagens de satélite e dados do site FlightAware.
Além disso, as condições atmosféricas de temperatura, umidade e a presença de um ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil também foram fatores que podem ter contribuído para a tragédia. A Fumaça das queimadas no Pantanal teria aumentado a umidade do ar, favorecendo a formação de gelo na superfície da aeronave.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) finalizou a primeira etapa da investigação em campo e extraiu os dados das caixas-pretas da aeronave. A análise dos registros confirmou a ausência de comunicação entre o piloto e a torre de controle, ressaltando a importância de investigar as causas do acidente.
O acidente com o voo 2283 da Voepass resultou na trágica morte dos 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo. A queda vertiginosa da aeronave e a falta de comunicação com o controle de tráfego aéreo são aspectos que demandam uma investigação minuciosa para esclarecer os motivos que levaram a essa tragédia aérea.