Os turboélices funcionam de forma semelhante aos jatos, com a utilização de turbinas que giram a partir da compressão do ar para gerar impulso. A principal diferença está no fato de que, nos turboélices, há uma hélice acoplada ao sistema que gera o empuxo, enquanto nos jatos, o gás que sai do motor é responsável por impulsionar a aeronave.
Esses modelos são mais vantajosos em rotas mais curtas, pois voam em velocidades mais baixas e em altitudes mais baixas, o que resulta em menor consumo de combustível no momento de subida e descida. Por outro lado, os jatos são mais econômicos em rotas mais densamente povoadas e/ou mais longas, devido à capacidade de transportar mais passageiros e carga, além de voarem em altitudes mais altas, que oferecem menos resistência ao avião.
No mercado brasileiro, os voos entre capitais distantes são dominados por jatos, como os Boeing-737 e Airbus-A320, enquanto os turboélices são utilizados em rotas regionais de curta distância. Os turboélices também possuem vantagens, como a necessidade de menos pista para decolagem e pouso, operação em aeródromos mais rústicos e menor consumo de combustível.
A segurança das aeronaves, no entanto, é multifatorial e depende de diversos aspectos, como a manutenção eficiente, condições de trabalho da tripulação, controle de tráfego aéreo e procedimentos adequados. No caso da Voepass, a investigação está focada na formação de gelo nas asas, mas somente a apuração dos fatos poderá explicar as causas do acidente.
Apesar dos desafios, voar continua sendo uma atividade segura. Estudos apontam que a chance de um passageiro morrer em um acidente aéreo é extremamente baixa, o que evidencia a importância das normas de segurança e manutenção na aviação.